sexta-feira, 9 de abril de 2010

Uma noite fora de série

Quem disse que vida de adulto tem que ser chata? Numa proporção maior ou menor, todos nós! Mais ou menos dos 15 aos 30 anos somos alvejados com expectativas que incluem carreira, família, dinheiro, blá-blá-blá. Você tem que ter um bom emprego, ganhar bem, ter lindos filhinhos de bochechas rosadas. Tenta fazer diferente pra ver. Você precisa crescer, amadurecer, assumir responsabilidades, ou seja, virar um chato de galocha_ adoro essa expressão.

É exatamente diante desse dilema que se encontra o casal Phil (Steve Carell, de “Agente 86”) e Claire (Tina Fey, da série “30 Rock”) Foster. Com empregos tradicionais e rentáveis, dois filhos pequenos e saudáveis e um casamento pra lá de estável _quase estático_ e um dia-a-dia corrido, os Fosters se veem numa crise de tédio. Para quebrar o gelo da relação, Claire decide caprichar no visual e o casal vai num badalado restaurante no centro da cidade. È a partir daí que a confusão se inicia. Sem reservas no restaurante, eles fingem ser o casal Tripplehorn para conseguirem uma mesa. Eles só não poderiam imaginar que os Tripplehorns estavam sendo procurados pelo chefão do crime da cidade. Seguem-se, então, sequências ligeiramente tensas e de humor mais sutil, que a partir do meio do filme, se transformam em cenas mais cômicas_ um humor cínico, pouco escrachado_ e ágeis, com destaque para a perseguição de carro (sensacional!) e a dança do clube noturno (hilário!). Entre risos e as fugas do casal, o filme introduz algumas DRs na história, sempre com discussões breves com as quais todas as pessoas que já tiverem um relacionamento mais longo vão se identificar e rir de si mesmas. Lembra bastante a história de “Os Normais 2-A noite mais louca de todas”, sendo que Vani e Ruy são, de longe, muito menos família, se é que me entendem...

No fim das contas, o diretor Shawn Levy (“Uma noite no Museu”) conduz um filme que fala de relacionamento de maneira que o espectador não ache chato. Além do mais, o roteiro de Josh Klausner (“Shrek para sempre”) sugere que fazer do dia-a-dia algo mais emocionante pode ser mais simples do que se imagina_ concordo. Só cuidado pra não exagerar nas extravagâncias para não ir do adulto chato à criança quebrando vidraça da casa do vizinho...

Participações para lá de especiais de Mark Ruffalo (“Ilha do Medo”) com seu carisma rotineiro, Mark Wahlberg (“Max Payne”) com seus músculos definidos, Ray Liota (“Território Restrito”) com seu convincente bad guy e de James Franco (“Homem Aranha 3”) quase irreconhecível.

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